Não Foi “acidente” foi assassinato!

A Liga Operária republica o Boletim do Marreta e denuncia mais um assassinato dentro de canteiro de obras, onde os responsáveis da empresa Florença negligenciaram com a segurança do trabalho e colocaram os trabalhadores para realizar obra de contenção, com escavação de tubulões, mesmo com todos os alertas de riscos geológicos, devido ao alto volume de chuva que castigava Belo Horizonte e Região.
Por isso, a Liga Operária além de nossa consternação o nosso pesar a toda família do operário Claudinei Alves dos Reis (43 anos), que não foi vítima de acidente e sim da ganância patronal, que o colocou para trabalhar, mesmo sob todos os alertas, sem uma Proteção Coletiva. Nesse sentido, compartilha com a Marreta e denunciamos: Não foi “acidente”, foi crime! Premeditado e continuado nessa máquina de moer gente!

Operário da construção assassinado em criminoso “acidente” na Serra

Na tarde do dia 21 de janeiro, às vésperas de completar-se um ano do crime da Vale assassina e terrorista em Brumadinho, que matou centenas de pessoas e destruiu várias lavouras, contaminou a água e segue prejudicando os moradores e turistas na região, dois operários da construção foram soterrados em uma obra da empresa Florença na Rua Palmira, 36 , Bairro Serra – Belo Horizonte.

Após ouvirem gritos por socorro, por volta das 14h, vizinhos acionaram os Bombeiros, que chegaram rapidamente no local e resgatou com vida o operário Marcos Soares Narciso (46 anos), resgatado às 20h e 38min. Já o operário Claudinei Alves dos Reis (43 anos), teve o óbito confirmado pelos Bombeiros, às 15h e 40min.

Por tanto, isso não é só um simples “acidente”: é crime! Premeditado e continuado, pois as empresas seguem colocando operários em risco.

Vejam todos, o que saiu no jornal “O Tempo” de Betim às do dia 16 de janeiro:

Belo Horizonte e região estão sendo castigados por fortes chuvas torrenciais, que está destruindo várias casas, eletrodomésticos e ceifando vidas, principalmente da população mais pobre, que vive em condições precárias, ou em áreas de riscos.

O advogado da empresa Florença Construções e Empreendimentos Ltda, compareceu na obra onde ocorreu esse criminoso “acidente” e declarou à imprensa que os trabalhadores utilizavam “equipamentos de segurança”. Para bom entendedor meia palavra basta. Aonde esse senhor quer chegar com essa declaração? Ora, defender a empresa e culpar os trabalhadores pelo “acidente”.

Quem ouviu as palavras do Tenente-Coronel Winderson Alan Moura do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que disse: “… a gente precisa trabalhar com técnica, para manter a segurança tanto das vítimas, como dos militares que estão empenhados e a dificuldade maior é a instabilidade do terreno e fazer essa contenção para poder propiciar a segurança para os militares envolvidos…” era o que a empresa teria que ter feito antes de colocar os operários em risco, sem um Técnico e ou engenheiro de Segurança no local, ou seja, negligenciou todas as normas e colocou os trabalhadores em risco eminente.

O Marreta denuncia:

A responsabilidade da morte do carpinteiro Claudinei Alves é do governo Temer, Deputados e Senadores que aprovaram a “Reforma Trabalhista” em 2017, aprofundada agora pelo antioperário Bolsonaro, que aponta mais cortes de direitos, por esse motivo as empresas aumentaram os índices de “acidentes” do trabalho em todo o país.

A responsabilidade desse crime é desse governo de generais, que com sua política antioperária, Obscurantista, pois é contra o ensino técnico-científico, Latifundista, porque favorece os latifundiários/agronegócio e com a sua política vende-pátria entrega as nossas riquezas naturais e as nossas estatais às multinacionais. E para completar, ataca profundamente a Segurança do Trabalhador, falando que quer revisar 90% das Normas Regulamentadoras – NRs, que quer destruir o Ministério do Trabalho, principalmente os setores de Mediação e Fiscalização, para facilitar aos patrões.

Responsabilizamos a empresa Florença Construtora, que há anos não cumpre a CCT – Convenção Coletiva de Trabalho, assinada entre trabalhadores e patrões da construção e as Normas de Segurança.

Paralisação Já!

O Marreta exige a imediata paralisação de todas os tipos de escavações de tubulões para fazer sapatas de pilares e contenções de encostas e etc., enquanto esse período de tempestades não parar. Convocamos todos os trabalhadores: NÃO ACEITE TRABALHAR EM TAREFAS EM AREA QUE PONHA A SUA VIDA EM RISCO! Se tentarem te obrigar, chame o Sindicato pelos telefones 3449-6100, ou 3449-6101. SE ESSA MATANÇA NA CONSTRUÇÃO NÃO PARAR OS TRABALHADORES VÃO À GREVE!

Trágica coincidência:

Na manhã do dia 21 de janeiro, Sindicalistas entregam documento ao Superitendente do Trabalho em BH

 

Muito trabalho para resgatar operário soterrado na Serra em obra da Serra, devido negligência e não fornecimento de

Na manhã do dia 21 de janeiro em que ocorreu uma reunião na Superintendência do Trabalho, para exigir do Dr. João Carlos Gontijo de Amorim a manutenção do Setor de Mediação e para aumentar o número de Auditores Fiscais na Fiscalização do Trabalho, na tarde do mesmo dia, ocorreu o desabamento na Serra, que matou o operário Claudinei Alves dos Reis (43 anos).

Participaram dessa reunião, uma delegação formada pela: Federação dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Minas Gerais; pelos Sindicatos dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte, Vespasiano, Pedro Leopoldo, Lavras, Diamantina, Juiz de Fora, Patos de Minas, Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos – MG, Sindicato Dos Trabalhadores Metalúrgicos de BH e Contagem, Sindicato dos Empregados no Comércio de BH, Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de BH, Sindicato dos Oficiais Eletricistas e Trabalhadores nas Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias de BH.

Alertamos o Superintendente do Trabalho os riscos que poderiam correr caso não se tomasse providência, para impedir a paralização e o sucateamento completo do Setor de Mediação e de Fiscalização do Trabalho. A morte do companheiro Claudinei, infelizmente mostrou-nos que as soluções têm que ser imediatas! Como diria uma música antiga de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos: “Quem cala sobre teu corpo, consente na tua morte!”

O que é EPI? O que é EPC?

A fim de esclarecer à população, que não trabalha diretamente em fábricas, obras e áreas que exigem os equipamentos de proteção ao trabalhador e facilita a segurança na área de vivência e do local de trabalho, o Marreta, buscará responder essas duas questões:

EPI é a sigla do nome Equipamento de Proteção Individual, que atende às necessidades individuais do trabalhador, como uniformes, luvas, óculos de proteção, protetor auricular, botinas adequadas a cada função e etc.

EPC é a sigla de Equipamento de Proteção Coletiva, como o próprio nome já diz PROTEÇÃO COLETIVA, consiste em proteger a área de vivência e de circulação do trabalhador e também a proteção do local de trabalho. O EPC é de extrema importância para que todos os trabalhadores estejam seguros.

Por que estamos explicando isso?

Porque as empresas sempre usam as iniciais: EPI e a imprensa reproduz apenas isso, sem levar em conta que é uma artimanha dos patrões, para tentar tirar o corpo fora e culpar o trabalhador quando ocorre um “acidente”, que para o Marreta é CRIME PREMEDITADO e CONTINUADO, pois as empresas negligenciam a segurança do trabalhador e com sutiliza, ainda tenta culpa-lo pelo ocorrido. O EPI é muito importante, mas ele sozinho não protege o trabalhador, deve ser acrescido de EPC.

Porque as empresas sempre usam as iniciais: EPI e a imprensa reproduz apenas isso, sem levar em conta que é uma artimanha dos patrões, para tentar tirar o corpo fora e culpar o trabalhador quando ocorre um “acidente”, que para o Marreta é CRIME PREMEDITADO e CONTINUADO, pois as empresas negligenciam a segurança do trabalhador e com sutiliza, ainda tenta culpa-lo pelo ocorrido. O EPI é muito importante, mas ele sozinho não protege o trabalhador, deve ser acrescido de EPC.

Porque as empresas sempre usam as iniciais: EPI e a imprensa reproduz apenas isso, sem levar em conta que é uma artimanha dos patrões, para tentar tirar o corpo fora e culpar o trabalhador quando ocorre um “acidente”, que para o Marreta é CRIME PREMEDITADO e CONTINUADO, pois as empresas negligenciam a segurança do trabalhador e com sutiliza, ainda tenta culpa-lo pelo ocorrido. O EPI é muito importante, mas ele sozinho não protege o trabalhador, deve ser acrescido de EPC.

EXIJA O EPI, O EPC E SE CASO A EMPRESA NÃO FORNECER: DENUNCIE!!!

Pelos telefones: 3449-6100, ou 3449-6101

Clique no link abaixo e leia o boletim do Marreta na íntegra:

Boletim operário assassinado na Serra

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