Nota de pesar aos familiares e amigos do companheiro Diquinho:

É com o mais profundo pesar que a Liga Operária, lamenta a perda do companheiro Diquinho, que foi a óbito na madrugada dessa terça-feira (14), vítima do descaso dos governos de turno que sucateiam o sistema de saúde, para favorecerem os tubarões da saúde e deixarem o povo sem as mínimas condições. O que agora está mais evidente com a pandemia do novo Coronavírus/Covid-19.

É raro a forja de companheiros como Diquinho, que dedicam a vida pela defesa do povo, principalmente em vilas e favelas, onde mora o povo mais sofrido e marginalizado pelo velho Estado. Seus ensinamentos e seu valoroso exemplo de levar um estilo de vida simples, e trabalho duro, mostrou que ao levantar a bandeira da luta, desde jovem atuando nas lutas populares, não baixou, até o seu último suspiro: “se mudou para o Complexo do Alemão, vindo do interior de Minas Gerais. Integrou o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) no final dos anos 1970, temperando sua militância nos duros anos do regime militar fascista. Era responsável pelo trabalho de favela do movimento, principalmente no Complexo do Alemão. Diquinho teve destaque na organização da ocupação do Morro da Baiana, lutando implacavelmente pelo direito à moradia e contra os ataques do velho Estado ao povo. Foi presidente da Associação de Moradores da Grota, organizando diversas lutas populares, e vice-presidente da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj).” Jornal A Nova Democracia

Em sua incansável luta em busca do caminho revolucionário, Diquinho rompe com o nacional reformismo do MR-8, transita por partidos eleitoreiros (PDT,PT e PSOL), chegando até a se candidatar, mas não encontra abrigo em nenhum deles e rompe com todos eles, cada qual a seu tempo, desiludindo-se com a farsa eleitoral, pois essa, já não mais comporta os que estão dispostos a lutarem pela destruição desse velho Estado: “Diquinho, revolucionário marxista-leninista convicto e defensor ferrenho da Revolução Proletária, construiu o Conselho Popular em 2010, como forma de lutar pelos direitos do povo e difundir a teoria marxista-leninista na favela. Confiava inequivocavelmente nos princípios revolucionários de que a maior arma do proletariado é sua organização. Em conjunto a companheiros de outros movimentos populares, criou também a Escola do Conselho Popular e Pré-vestibular Social na laje de sua própria casa.” Jornal A Nova Democracia

O companheiro Diquinho havia completado 71 anos no dia 12 de abril (data de início da Guerrilha do Araguaia), desses, 40 anos dedicados à luta do povo, de forma abnegada e incansável, levando um estilo de vida simples e trabalho duro. Diquinho mostrou isso até o último momento de sua vida, onde mesmo doente, não tergiversou em colocar à disposição a sua laje, para a organização de um Comitê de Solidariedade Popular de combate ao Coronavírus.

Mostrando todo o seu compromisso para com o povo, digno de um  revolucionário comunista. E por seus incontáveis exemplos, que cada companheiro de luta e de vivência com esse grande companheiro, poderão relatar, seu nome será lembrado e sua luta, seguirá nos homens e mulheres do Complexo do Alemão, da juventude que muito aprendeu com ele.

 

COMPANHEIRO DIQUINHO: PRESENTE NA LUTA!

 

Liga Operária

Coordenação Nacional

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