Vacina para o povo, Já!

Posicionamento do STC-BH, frente a pandemia da COVID-19, convoca os trabalhadores que foram colocados como essenciais à lutarem pela vacinação do povo e a testagem em massa. Pois se são esses colocados no olho do furacão, para manter uma sobrevida a essa economia de exploradores, que visam unicamente o alto lucro, não importando como.

Para a imensa maioria de brasileiros pobres a situação é dramática. Exasperados os trabalhadores e o povo em geral sofrem os efeitos da Pandemia da COVID-19. São mais de 8 milhões de brasileiros infectados e mais de 200 mil mortos.

O que está em curso, é um verdadeiro genocídio patrocinado por este governo dos generais/Bolsonaro e todos os outros governos de turnos, com raríssimas exceções.

Os empregos não foram garantidos, muito menos os salários. Já são quase 90 milhões de brasileiros desempregados ou subempregados!

O auxílio emergencial, miserável, foi uma vez mais usado para fins eleitorais e não está nem previsto para este ano.

Hospitais de campanha foram fechados, muitos sem terem sido inaugurados como em Belo Horizonte. Sem contar a roubalheira que foi praticada na compra de equipamentos hospitalares. Neste país não se compra nem uma agulha sem que se tenha que pagar propina (vide o caso da falta das seringas e agulhas).

Mais de 16 milhões de testes se perdiam guardados pelo governo. Tiveram que revalidar sabe-se lá como. E enquanto isso, O BRASIL É O PAÍS QUE MENOS TESTA NO MUNDO, ao mesmo tempo em que farmácias e laboratórios enchem a burra de dinheiro vendendo testes que variam de 100 a 400 reais. Como pode um teste custar mais que um terço do salário mínimo?

Sendo o transporte público o principal vetor de contaminação e aglomeração dos trabalhadores e do povo pobre em geral, nenhuma providência foi tomada pelos governos no sentido de acabar com os privilégios das pouquíssimas famílias (verdadeiras máfias), que detém as concessões e o monopólio. A única medida cabível, seria a intervenção e estatização de todo o transporte público para garantir os ônibus, trens e metrôs com os protocolos sanitários (higienização, um passageiro por banco e nenhum passageiro em pé), isso, sequer foi aventada por estes administradores com discursos tão eloquentes quanto sua estatura de pigmeu, perante os problemas e agruras do povo trabalhador, explorado e oprimido.

O preço dos alimentos explode com o arroz a quase 30 reais, óleo quase 10 reais, a carne então nem se fala. Será porque faltou transporte para estes alimentos, a pandemia prejudicou a produção? Não! Mil vezes não! Primeiro porque estes governos queimaram todo o estoque regulador de alimentos do Brasil, e os latifundiários especuladores se aproveitaram da pandemia para especular e lucrar horrores exportando com o dólar em alta toda sua produção. Canalhas.! Assassinos!

E a luz que subiu? E o gás que subiu? A gasolina que aumentou? E o aluguel que foi nas alturas? E o salário que não sobe!?!?!? O STIC-BH/MARRETA teve que arrancar a fórceps o INPC (regulador salarial), já defasado para os trabalhadores nessa última campanha salarial encerrada no finalzinho de dezembro.

Sem contar a aposentadoria, quase que impossível, a cada ano que se passa. E se tudo isso não fosse gravíssimo, ainda enfrentamos a “guerra das vacinas”.

Para causar confusão na consciência do povo e esconder a fraqueza deste seu “governo”, Bolsonaro e seus seguidores reacionários e obscurantistas declararam guerra contra as vacinas. É só desinformação, confusão, ironia. São ignorantes e criminosos.

O método científico desenvolvido pela humanidade, de utilizar o próprio veneno para combater o veneno, já é praticado há mais de duzentos anos, nos idos de 1790, então para combater a varíola.

Se não fosse pelas vacinas, um país explorado secularmente como o nosso, sem condições decentes de moradia e saneamento básico, jamais alcançaria uma expectativa de vida acima dos 70 anos. E em todo este tempo de agruras e sofrimento, o Brasil desenvolveu instrumentos dos mais avançados do mundo para vacinação em massa. Tudo isso vem sendo jogado no lixo pelas frases de efeito deste presidente falastrão. E enquanto mais de 50 países já começaram a vacinar sua população, o Brasil – 2.º país do mundo em número de mortes, ainda não consegue dar um alento sequer ao seu povo.

Mas pode ser pior: com a chegada da vacina, os que têm dinheiro e poder vão querer ser vacinados em primeiro lugar. Como tentou o STF e o MP de São Paulo.

Nesse sentido nós da construção civil, declarados como essencial (setor em que as atividades não podem ser paralisadas), vamos em sentido radicalmente contrário destes egoístas e corporativistas, que fazem jus ao velho dito popular “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Exigimos VACINA PARA O POVO, JÁ! 

Nós, trabalhadores em atividades essenciais, como também os motoristas de ônibus, os motoristas de transportes de aplicativos e entregadores, os operários das fábricas, os trabalhadores em supermercados, sacolões e padarias, os trabalhadores em farmácias, etc., NÃO TIVEMOS O DIREITO DE NENHUM DIA SEQUER DE QUARENTENA.

E para continuar trabalhando é necessário a TESTAGEM EM MASSA JÁ EM TODOS OS CANTEIROS DE OBRAS E ESCRITÓRIOS. O STIC-BH/MARRETA já contactou uma série de laboratórios, que nos informaram que algumas empresas do setor essencial testam todos os seus trabalhadores de 15 em 15 dias. É o mínimo que se poderia fazer! O SINDUSCON-MG, com sua mentalidade escravocrata e feudal, mesmo com as empresas da construção aumentando suas vendas e conseguindo financiamentos do governo, até agora não tomou nenhuma providência neste sentido.

No começo da PANDEMIA manifestamos claramente nossa posição de que a QUARENTENA ERA UM DIREITO DE TODOS, com garantia de SALÁRIOS E EMPREGOS, com TESTAGEM EM MASSA E TRATAMENTO MÉDICO PARA TODOS. NADA DISSO ACONTECEU!

Agora, diante de um novo fechamento de atividades, principalmente no comércio e todo o setor de serviços essenciais, com a falta de testagem em massa, hospitais, profissionais de saúde e vacinas, nos manifestamos pela necessidade de um grande movimento de todos os operários e trabalhadores que estão arriscando a vida SEM DIREITO À QUARENTENA. Já que é para correr riscos, que nos utilizemos da condição de NÃO ESTARMOS CONFINADOS SOCIALMENTE para lutarmos sem tréguas pela VACINAÇÃO JÁ PARA TODO O POVO, sem privilégios! Prioridade aos trabalhadores que NÃO TÊM O DIREITO À QUARENTENA (serviços essenciais).

E para continuar trabalhando, TESTAGEM EM MASSA, DE 15 EM 15 DIAS, EM TODOS OS CANTEIROS DE OBRAS E ESCRITÓRIOS, ATÉ A POPULAÇÃO ESTAR IMUNIZADA, ou seja, ATÉ O FIM DA PANDEMIA.

 

Vacina para o povo, já!

Testagem em massa nos canteiros e escritórios!

Sem demissão e com garantia de empregos e salários!

Auxílio emergencial de um salário-mínimo, Já!

Belo Horizonte, 14 de janeiro de 2021

 

A Diretoria

Stic-BH/Marreta

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