PR – Há 7 dias trabalhadores rodoviários de Maringá enfrentam a máfia do transporte e exigem Participação nos Resultados!

Com grande satisfação que a Liga Operária saúda a luta dos companheiros trabalhadores rodoviários das empresas: Cidade Verde e Transportes Coletivos Cidade Canção – TCCC, por terem arrebentado a camisa-de-força do velho Estado que usa como pano de fundo a pandemia, para atacar direitos dos trabalhadores e principalmente mantê-los cativos.

A greve dos companheiros deflagrada em 08 de fevereiro e segue em seu sétimo dia com muita determinação da categoria cansada de aguardarem soluções. A pauta é simples: O movimento pela regularização do pagamento do salário; pelo pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR), Por reposição salarial e por pagamento de horas extras. As empresas de forma sorrateira decidiram pagar a metade do salário atrasado e forçar os trabalhadores a acabarem com a greve, porém “se deram com os burros n’água”. Os trabalhadores já haviam cedido tudo em nome da pandemia, antes da greve, “feito concessões por causa da crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus. Redução de salários e de jornadas, a adoção de banco de horas e a antecipação de férias. Além das perdas, previstas com a imposição das medidas provisórias 936 (convertida em lei) e 937 editadas pelo governo federal, seguido de redução no vale-alimentação e etc.

Diante do impasse e da determinação dos trabalhadores, que decidiram a permanecerem em greve, a venal “Justiça” desse velho Estado, através da juíza Adelaine Aparecida Pelegrinello, que assinou uma liminar ressaltando que “a medida abrange atos de ameaça e mesmo de constrangimento físico aos que pretendam adentrar o ambiente (sejam empregados ou clientes/usuários), permitindo, inclusive, a circulação dos ônibus”. Também, impôs uma “multa diária de R$ 10 mil ao Sindicato”. O próprio Sinttromar diz que “o movimento é espontâneo da categoria, e que cabe à entidade apoiá-lo”. Afirmando que não tem poder algum sobre o movimento.

Ao tomarem conhecimento de que o movimento era dos trabalhadores espontâneos, a “justiça” logo buscou seis trabalhadores para tentar puni-los através do interdito proibitório emitido pela “Justiça” na madrugada do dia 11/02, quinta-feira, com multa diária de R$ 30 mil e autorização do uso de força policial aos que impedissem a saída dos ônibus da garagem. Ou seja, “aos amigos a lei, aos inimigos todos os rigores da lei”.

Por esse motivo, saudamos os companheiros e dizemos que a luta de Maringá, deve ser seguida por outras regiões do país, pois as demandas são as mesmas, que desde os ataques aos direitos dos trabalhadores tem deixado os companheiros trabalhadores do transporte coletivo e rodoviário em más condições, inclusive no que tange a dupla, ou tripla pegada de acordo com a necessidade das empresas, além do famigerado banco de horas e o não reconhecimento das horas trabalhadas no transporte rodoviários em viagens longas, que reconhece apenas quando o motoristas assume o volante.

Foi com muita satisfação que recebemos a firme decisão dos companheiros nessa segunda-feira (15), que reafirmam a decisão tomada em 08 de fevereiro. Companheiros, as ameaças virão, mas são os trabalhadores, que devem tomar a decisão, vocês até o momento mostram-se firmes e decididos e cabe a todos os lutadores do povo apoiarem a justa luta dos companheiros e a Liga Operária não poderia ficar fora desse apoio, mesmo que por hora, só seja de repercutir a luta dos companheiros.

Saudações classistas e combativas!

São Paulo, 15 de fevereiro de 2021

Coordenação Nacional da Liga Operária

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