Mais uma vez, os caminhoneiros mostram sua disposição de luta. Por todo o país, estouram lutas e paralisações e é enorme as justas revolta e indignação da categoria contra a criminosa política de preços dos combustíveis continuada pelo governo dos generais, encabeçado pelo capitão falastrão Bolsonaro. Apenas em 2021, os preços dos combustíveis já aumentaram cinco vezes! O preço do diesel saltou de R$ 3,82 em 28/01 para R$ 4,36 no dia 28/02! Um aumento de quase 15% em apenas um mês!
Existe um intenso burburinho no meio da categoria de preparação de uma nova Greve Geral, como a contundente paralisação de dez dias em 2018, durante o governo do bandido Temer (MDB). Em Minas Gerais, ocorreram protestos em diferentes localidades da região metropolitana de BH, como Betim, Vespasiano e Ribeirão das Neves. Acossados pela iminente explosão da categoria, os reacionários tentam tirar proveito da situação. Bolsonaro, querendo tirar o corpo fora e atiçar os caminhoneiros contra os seus adversários políticos nos governos estaduais, busca colocar toda a culpa pelo aumento dos preços nos altos valores do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, manobrando com as justas reivindicações dos trabalhadores, como o fez com a paralisação dos transportadores de combustíveis (tanqueiros) em Minas, ocorrida nos últimos dias 25 e 26/02.
Toda essa canalha de reacionários no governo, de farda e terno, esconde que os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis são resultado da inalterada política de subjugação dos interesses nacionais e populares ao imperialismo, principalmente ianque (norte americano). A maior expressão disso é a criminosa política de atrelar o preço dos combustíveis às oscilações do dólar, que está custando hoje quase R$ 6,00! Com essa política, vendem a preço de banana nosso petróleo para os cartéis internacionais e quem sai lucrando são apenas os banqueiros, grandes acionistas e especuladores, enquanto o preço dos combustíveis e do gás de cozinha (que já bateu os R$ 100,00 na capital) no mercado interno não para de aumentar.
O absurdo preço dos combustíveis faz aumentar, ainda mais, a inflação, principalmente, o preço dos alimentos, que são transportados pelas rodovias. Mas nada disso importa para essa gente! Tanto os generais, como o grupelho de Bolsonaro e os falsos humanistas no Congresso e no Senado querem mesmo é acabar de vender o que resta da Petrobrás que, na prática, já não é uma empresa pública, uma vez que não serve aos interesses do povo! Tanto é que, poucos dias após nomearem um general para o comando da Petrobras, para responder a gritaria do “mercado” contra o “intervencionismo” do governo, apresentando mais provas de seu servilismo ao imperialismo e a grande burguesia, Bolsonaro, Paulo Guedes e sua claque foram em caravana até o Congresso entregar, na bandeja, os projetos de privatização dos Correios e da Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S.A).
Enquanto isso, o Alto Comando das Forças Armadas, que é quem de fato governa o país, com medo de uma nova explosão da categoria, já se preparara para reprimir brutalmente o movimento caso não consigam impedir seu inicio por meio de mentiras, demagogias e a cooptação de falsas lideranças oportunistas. Já Bolsonaro está “entre a cruz e a espada”, pois, se por um lado toda a desordem criada pelo desabastecimento no caso da eclosão de uma massiva greve dos caminhoneiros pode servir aos seus planos de impor um regime militar fascista, por meio do discurso de que só assim é possível por o país em ordem, por outro, a deflagração de uma greve geral dos caminhoneiros abre caminho para seu próprio desmascaramento como traidor da categoria e mero politiqueiro puxa-saco dos ricos e poderosos.
Aos indecentes preços do diesel, gasolina, etanol, gás de cozinha, alimentos, remédios, alugueis, etc. se somam o crescente o desemprego, o genocídio das polícias contra o povo pobre nas favelas, o fim de qualquer política de distribuição de terras, a criminalização do movimento camponês e as mais de 270 mil brasileiros por esse governo militar genocida! A grande greve de 2018 demonstra a disposição de luta da brava categoria dos caminhoneiros e o seu potencial para a preparação e deflagração da Greve Geral de Resistência Nacional, único caminho para barrar todas essas medidas antipovo e vende-pátria! Que toda a canalha trema frente a justa rebelião das massas! Bem-vinda seja a tempestade!
Preparar a Greve Geral de Resistência Nacional!
Vacina para o povo já!
Auxilio-emergencial de um salário mínimo até o fim da pandemia!
Coordenação Nacional da Liga Operária
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