Não adianta trocar de ministro, nem fechar as cidades com “Lockdown”: Vacina para o povo, já!

A pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), tem ceifado milhões de vidas mundo afora, porém tem escancarado de vez com todo esse sistema de exploração e opressão. Em todo mundo a situação tem se agravado para o povo, enquanto um punhado de parasitas estão lucrando. A guerra da vacina, nos mostra, que para o imperialismo, o que importa é salvar o sistema e o lucro acima de tudo. Hoje no país, já são quase 300 mil mortes e um sistema de saúde colapsado e sem perspectivas de melhoras, morrendo mais de 2 mil pessoas por dia e o caos que vivemos no Amazonas, se espalhou para várias cidades. Para se ter uma ideia, São Paulo maior metrópole, maior centro financeiro da América Latina, já registrou mais de 40 mortes de pacientes em fila de atendimento, sem falar na falta de oxigênio nos hospitais em todo país. O ex-ministro o carniceiro Pazuello deixou esse legado de uma total falta de logística (ramo que se dizia expert).

A situação só se agrava, entre dezembro de 2020 e o presente momento, o número de leitos de UTI financiados pelo governo federal, só caiu, passou dos 12.003 para 3.187, nos dias atuais, ou seja, uma redução de 73,4%, justamente quando o povo mais precisa de um sistema de saúde equipado. Somando isso, com a ignorância desse reacionário capitão-do-mato, Bolsonaro – governo de generais, segue sendo guiada pelo seu obscurantismo e sua pequinês submissa ao imperialismo, principalmente ianque, que não permite ao Brasil sair dessa profunda crise sanitária, política, econômica, social e militar. As atitudes de Bolsonaro nada mais são que medidas paliativas, como se resolvessem com a troca de ministros, o quarto durante a pandemia. Enquanto isso os direitos do povo são negligenciados e usurpados pelo governo de generais.

Em uma tentativa de viabilizar a fabricação das vacinas, um grupo de 80 países, encabeçados por Índia e Africa do Sul, tentaram junto à Organização Mundial do Comércio – OMC, mais uma vez nesta quarta e quinta  (10 e 11/03) quebrarem a Lei de Patentes, tendo como mote o Brasil dos anos 90 que consegiu para o  tratamento do HIV, porém, justamente o Brasil serviu como sabujo dos monopólios e fármacos, que detém as patentes, alegando que o TRIPs  (em inglês: Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights, em português: Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio), viabiliza a ampliação de acesso às vacinas e medicamentos. Uma vez mais, o Brasil através de seus representantes, toma a cena como o grande defensor dos monopólios, mostrando toda sua pequinês e submissão ao imperialismo, principalmente ianque.

Não tenhamos dúvidas, de que só não morreram mais pessoas, por que temos um sistema público de saúde – que mesmo sucateado há décadas, tem sido capaz através de profissionais compromissados salvarem vidas, buscando saídas para atender o povo, mesmo sem estrutura. O Sistema Único de Saúde – SUS está crítico e colapsado e hoje, mesmo que haja leitos e medicamentos, não há profissionais capacitados para atender as necessidades – resultado de anos de sucateamento na educação e desenvolvimento tecnológico, bem como no incentivo à cursos profissionalizantes, que os governos de turnos deixaram de investir. Sabemos que um profissional capacitado, não surge da noite para o dia, não é atoa que os shows pirotécnicos dos Hospitais de Campanha saíram de cena – por falta de profissionais.

Se por um lado a falta de profissionais capacitados é grande, a cara-de-pau desse capitão-do-mato é maior, desde o início da pandemia, tem negligenciado a Covid-19 e principalmente a política sanitária e os protocolos de prevenção, zombado do povo dizendo tratar-se de “uma gripizinha”, ao ver o número de mortos crescerem responde “não sou coveiro” e até chama de “bando de maricas” os que temem a pandemia. Sem base científica alguma, gastou rios de dinheiro com a Cloroquina e Ivermectina, contrapondo as orientações de saúde: uso de máscaras, distanciamento e uso de álcool em gel. Ao aparecer os estudos da vacina, logo tratou de ridicularizar e fazer o seu grupo de camicases a espalharem “fake News” (mensagens falsas) contra a vacina e agora depois de todo o mundo não ver outra saída, fala que está tentando conseguir as vacinas. Questionado por que ele ainda não comprou, logo respondeu a um repórter: “só se eu comprar da sua mãe”, mostrando toda a sua classe de reacionário.

A falta de uma política que atenda verdadeiramente o povo e não apenas os grandes burgueses, banqueiros e latifundiários, tem tornado a vida do brasileiro um verdadeiro caos, por verem nos noticiários os números de vítimas só crescendo e os recursos do povo indo ralo abaixo e o genocida governo de generais, preocupado com 2022, juntamente com os seus pares da “esquerda” eleitoreira e oportunista. Caso sigamos nesse ritmo, o país registrará mais de 1 milhão de mortos até o fim desse mandato do genocida (se levarmos em conta 2 mil mortes dia), ontem dia 16/03 o índice de morte foi de 2.842 pessoas.

Devemos tomar as ruas, para defendermos o direito a vida e exigir a vacinação do povo, já! Chega da política desses que só pensam em si, ou seja: “Farinha pouca, meu pirão primeiro!” é hora de atropelarmos a mediocridade e lutar para salvarmos vidas, não adianta decretarem “Lockdown” e restringir a circulação de pessoas, por um período, se não há vacinas e muito menos um Auxílio Emergencial que realmente atenda o povo e muito menos um falso humanismo do Dória, que só pensa em 2022, nem mesmo de um salvador da pátria como é o caso do pelego-mor Luiz Inácio.

Tanto esse, quanto seus antecessores, se escondem por trás de números fabricados por anos de submissão, herdado há séculos a velha política do “Toma-lá-dá-cá”, própria de um sistema burocrático e caduco, que carece ser destruído, pois em nada serve ao povo, apenas segue favorecendo os grandes e restringindo os pequenos e agora sob o manto da pandemia, tem atacado com voracidade os direitos do povo e principalmente impondo perdas significativas aos trabalhadores, com as reduções de salários e suspensão de contratos, baixando normas e decretos no atacado, o que vinha sendo retirado no varejo, já que a política é a mesma, pois todos esses Partidos, são legitimados pela lei da burguesia e chancelado pelos oportunistas e revisionistas eleitoreiros.

Nós da Liga Operária e do Marreta, juntamente com a LPS e outras categorias de trabalhadores como: Correios, Processamentos de Dados, Comércio, Eletricistas e Construção Civil assinamos um cartaz com os seguintes dizeres: “VACINA PARA O POVO JÁ! TESTAGEM EM PARA A POPULAÇÃO! AUXÍLIO EMERGENCIAL DE UM SALÁRIO-MÍNIMO!” Por que entendemos, que não basta “Lockdown”, uma restrição de circulação do povo, sem uma política clara de proteção a esse, só favorece os grandes, já que o povo pobre, mesmo os empregados, não tem reserva financeira e só trabalha para a sua subsistência. Colocá-lo sob “Lockdown” é condená-lo a morrer, ou será que o governo acha que R$250 reais garante a sobrevivência de alguém, que paga aluguel, água, luz, internet e outros?

O povo que sempre lutou, agora com maior clareza crê em sua força transformadora, e o governo dos generais sabe disso, por isso coloca de forma cada vez mais sutil o seu plano contrarrevolucionário em curso, tudo para tentar conter o inevitável levante das massas. As massas trabalhadoras, não suportam mais serem usadas e abusadas, como vemos, o governo tira do povo trabalhador, para beneficiar os ricos. Enquanto debatem um miserável Auxílio Emergencial de R$ 44 bilhões, em cotas que vareiam de 175, R$ 250 e R$ 350 reais e uma fábula de R$ 2 trilhões e 236 bilhões, que representa 53,9% do orçamento, está reservando para os credores da dívida (banqueiros agiotas), beneficiados pela política de câmbio, que torna uma dívida impagável, para seguirem explorando e saqueando o país.

Nessa complexa e delicada situação na qual transita a Nação, em que os de cima já não podem governar mais como antes devido as pugnas entre as frações das classes dominantes e entre seus grupos de poder, que cada vez mais busca concentrar o poder em suas mãos, agravadas pela crise geral e a ameaça de explosões de revoltas por todo o país; onde os de baixo já não aceitam seguir governados como antes. Não é à toa que buscam usar a pandemia, para amedrontarem o povo e com os “Lockdown”, tentam mantê-lo cativo e colocá-lo na camisa-de-força do golpe contrarrevolucionário em curso, frente ao inevitável levante das massas, que a cada dia torna-se mais evidentes. Um velho ditado é bastante claro: “Quem semeia vento, colhe tempestade” e outro demarca bem o momento “depois de uma grande desordem, haverá uma nova ordem”. Que soprem os ventos da tempestade, que causará uma grande desordem, colocando abaixo esse sistema de exploração e opressão e nascerá com maior robustez uma nova ordem, que primem por uma nova e verdadeira democracia!

É tarefa dos lutadores classistas, revolucionários e democratas, enxergarem que cada vez mais os embates são mais violentos e decididos, por uma grande parcela das massas que já expressaram sua indignação no histórico boicote eleitoral de 2018, onde mais de 56 milhões dos eleitores não votaram em nenhum desses senhores, rechaço esse que cada vez mais expressa a maturidade de uma massa, que desperta a consciência e vê o caminho da luta e não o da capitulação, que irá romper todas as amarras, que prende o povo no atraso e assim construir uma nova e verdadeira democracia e nessa construção todas as pedras se encontram!

 

Vacina para o povo, já!

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