Criminalizam camponeses e apoiadores, para favorecerem grileiros ladrões de terras

A Liga Operária soma-se na defesa inconteste da justíssima luta pela terra em nosso país e por tanto repudia veementemente os covardes ataques aos nossos irmãos camponeses, principalmente em Rondônia, onde está sendo palco de uma grande resistência e colmada de heroísmo. Há muito tempo tem sido criminalizada a luta pela terra em nosso país, essa  podre e carcomida política de servidão e submissão ao imperialismo, é uma relação secular dos governantes brasileiros, que vem desde a invasão portuguesa, passando pela coroa de Portugal, o imperialismo inglês e hoje ao imperialismo, principalmente ianque.

Isso, é parte do desenvolvimento do capitalismo engendrado no país, desenvolvido de forma burocrática e dependente do capital externo, dando origem ao capitalismo burocrático, que não têm raiz nacional e sim a dependência completa aos investidores parasitas, que sempre buscam manter o povo sob seu tacão. Na luta para romper com essas relações servil, os lutadores do povo são criminalizados, presos, ou assassinados, assim nos mostram a História de luta do nosso povo: Confederação dos Tamoios, Resistência do povo preto em Palmares, Conjuração Mineira, Balaiada, Levante dos Malês de 1835, Confederação do Equador, Canudos, Caldeirão, Pau de Colher, Contestado, Jagunçado, Levante de 1935, Trombas e Formoso, Porecatu, Guerrilha do Araguaia e outras lutas populares que questionam esse regime de servidão que impera no país. Em todas essas lutas, seus líderes foram criminalizados, condenados, torturados e assassinados pelo velho e podre Estado burocrático-latifundiário brasileiro, a serviço do imperialismo, nunca a serviço da nação e do povo. Enganam-se os que pensam que afogarão com sangue as revoltas populares, pois essa rega as sementes que seguem germinando, florescendo e dando frutos, que saciarão a sede e a fome dos lutam por terra, pão e liberdade.

O governo militar do capitão-do-mato Jair Bolsonaro e seu testa-de-ferro Marcos Rocha, estão a serviço dos interesses de grandes corporações internacionais do imperialismo, dos grileiros ladrões de terras e dos saqueadores de nossas riquezas nacionais, por isso, atacam os camponeses pobres, indígenas e remanescentes quilombolas, transformando-os em “criminosos”, para ampliar a dominação pelo território e favorecer garimpeiros, mineradoras, madeireiros e etc. Os governos de Marcos Rocha e Bolsonaro são marionetes nas mãos do imperialismo, principalmente ianque mantém o país  como uma grande semicolônia, semifeudal, desenvolvendo relação de servidão absoluta.

Se hoje estamos numa crise de abastecimento de água, eletricidade, combustível e alimentos é justamente porque o Brasil não tem uma política voltada à sua soberania, pois esses senhores que estão no poder, servem ao imperialismo e a política cambial depende diretamente do valor flutuante do dólar. Vejamos alguns exemplos: mesmo com recordes e mais recordes na produção de alimentos, falta comida para o povo pobre principalmente, a carestia de vida um absurdo, os preços estratosféricos, o valor do combustível, da energia elétrica e da água potável disparados.

Quanto a questão dos preços dos alimentos básicos, longe de ser as catástrofes climática e da pandemia, é a falta de uma política de abastecimento interno e também pelo aumento do preço do combustível, que segue o Preço Paritário de Importação (PPI), vinculado à cotação do dólar e à taxa de câmbio, além do mais o agronegócio (latifundiário de novo tipo), produz para exportação. Se pegarmos essa política de preço e somarmos com a crise hídrica, a falta de abastecimento interno e principalmente de uma política de armazenamento, cujo os armazéns estão desabastecidos desde 2013, mas e os recordes na produção de alimentos do “agro pop”, “agro tec”? Essa, é para exportação e o governo não tem uma mínima política de controle dos alimentos produzidos no país, pelo contrário, incentiva e patrocina a política de submissão e por isso, apoia os grandes grileiros ladrões de terras, para expulsarem os pequenos e médios os verdadeiros produtores de alimentos, que vem para as nossas mesas.

No estado de Rondônia, onde a luta de resistência camponesa tem ganhado uma grande notoriedade, por ser justa e está servindo de exemplo à todos que lutam por liberdade, o governo militar genocida do capitão-do-mato Bolsonaro e seu lambe-botas coronel Marcos Rocha, estumaram seus cães repressores da Força Nacional, Polícia Militar, Polícia Civil, guaxebas (pistoleiros)  a soldo dos latifundiários, para combater esses bravos camponeses, que resistem heroicamente e por isso tem pago com uma generosa cota de sangue. Sob o discurso de defender os “donos das terras”, o capitão-do-mato Bolsonaro, ataca os verdadeiros proprietários, criminaliza a luta desses e com o seu o seu ódio – próprio de um reacionário serviçal do imperialismo, ataca a organização dos camponeses, que está levantando as massas do campo. Esse falastrão acusa a Liga dos Camponeses Pobres – LCP, de ser uma “ORGANIZAÇÃO TERRORISTA”, porque a LCP tem desmascarado esse sistema baseado na concentração de terras nas mãos de uma minoria de pessoas, enquanto a esmagadora maioria não tem nada, também tem colocado e por que a LCP coloca em prática o Programa da Revolução Agrária, destruindo latifúndio, tomando dos grileiros ladrões de terras a posse e dividido com os camponeses pobres, através do Corte Popular, para que esses possam trabalhar e produzir, sob o lema de TERRA PARA QUEM NELA TRABALHA, a LCP converge um grande número de massas camponesas e apoiadores, por todo o canto. Os verdadeiros democratas e lutadores classistas sabem que o câncer que emperra o crescimento do país e o mantém na submissão ao imperialismo é a concentração secular das terras e por isso apoiam de forma decidida, para derrubar de vez o poder desses senhores, que dominam uma vasta área de terras mantendo esse sistema semifeudal e semicolonial de exploração e opressão e buscando manter o povo em condição servil.

A Liga Operária tem como princípio amalgamar ainda mais a ALIANÇA OPERÁRIO-CAMPONESA, por isso, conclama o povo da cidade a tirarem suas vendas e verem com maior clareza a luta camponesa que está ocorrendo no país, em estágio avançado para uma guerra civil, onde o velho Estado burocrático-latifundiário, a serviço dos grandes latifundiários estão prendendo, torturando e assassinando covardemente camponeses, fatos que os monopólios de imprensa não mostram, e quando mostram e na tentativa de criminalizar essa justa resistência. Dizemos aos democratas e lutadores da cidade que abram bem os olhos, para não enxergarem de forma turva e limpem bem os ouvidos para não se confundirem com o “canto da sereia” e não bebam da fonte da grande burguesia, procure as notícias através de veículos independentes, compromissados com a luta do povo. Vejam alguns: Resistência Camponesa, jornal A Nova Democracia, CEBRASPO e ABRAPO esses são os órgãos oficiais que têm mostrado interesse em noticiar a versão dos camponeses.

Companheiros e companheiras, nossos irmãos camponeses, indígenas e remanescentes quilombolas, estão sob duros ataques, pagando com a vida e o sangue desses companheiros e companheiras clamam por justiça e não podemos aceitar a argumentação desses que nos criminaliza, temos que formar uma corrente de apoio e ver em que podemos ajudar na luta camponesa, falamos em derrubar esse sistema e não nos pronunciamos diante de uma caçada sangrenta promovida pelos grandes latifundiários que a seu soldo coloca toda uma guarnição formada por Força Nacional, PM, Polícia Civil, ABIN e guaxebas (pistoleiros), contra os camponeses?

Por tanto, entre em contato com as organizações que estão organizando a defesa dessa justa luta de resistência do nosso povo, que nesse momento está concentrada no apoio aos camponeses de Rondônia, declare o seu apoio e envie para a Associação Brasileira de Advogados do Povo – ABRAPO e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – CEBRASPO. Assine e envie moções e participe de Missões de Solidariedades, nesse momento, faz-se necessário ampliarmos a propaganda em favor da Revolução Agrária e da justa resistência dos camponeses pobres de nosso país, para por fim a forma secular de exploração e opressão que impera em nosso país.

 

Todo apoio à luta camponesa: morte ao latifúndio!

Terra para quem nela trabalha!

Viva a Revolução Agrária!

Viva a LCP!

São Paulo, 31 de outubro de 2021

 

Liga Operária BR

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