BH: Viva o 1º de Maio Classista e Combativo!

Na manhã do dia 1º de maio, dia do Internacionalismo Proletário, a Liga Operária realizou um combativo ato de celebração dessa gloriosa data, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de BH e Região (o Marreta), contando com a participação de várias lideranças, operários, trabalhadores da educação estadual e municipal, estudantes, representantes dos Comitês Sanitários de Ouro Preto e da Vila Bandeira Vermelha, e contou também com a participação de representante da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo, além de ativistas de organizações populares e democráticas.

A mesa decorada com uma faixa vermelha com as imagens dos oito heróis de Chicago: Albert Parsons, Louis Lingg, Adolf Fischer, George Engel, August Spies, Michael Schwab, Samuel Fielden e Oscar Neebe, seguido pela consigna erguida pelo grande Karl Marx e F. Engel em 1848: “Proletários de todos os países, uni-vos!” e ao fundo no alto a consigna: “Viva o 1º de Maio Classista e Combativo!” estampado com letras grandes e legíveis em um banner vermelho.

De punhos cerrados operários, estudantes, mulheres e trabalhadores no geral exclamam: “Viva o 1º de Maio Classista e Combativo!”

A mesa foi formada por representantes: da Liga Operária, do Sindicato Marreta, do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE, subsede Vespasiano e São José da Lapa), do Comitê Sanitário de Defesa Popular de Ouro Preto, Mariana e Região, do Comitê de Apoio do jornal A Nova Democracia, e da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo. Após formada a mesa, todos foram convocados a ficarem de pé e entoarem em plenos pulmões, o hino internacional do proletariado A Internacional. Na abertura o representante da Liga Operária, saudou efusivamente o dia 1º de Maio defendendo o caráter classista e combativo, apontando que o papel dos lutadores do povo é de manter erguida essa bandeira, ainda mais agora em que as massas trabalhadoras se levantam em combativas greves para garantir seus direitos, duramente atacados por esse governo genocida e antioperário; lutam por salário, emprego, contra as privatizações, contra as “reformas” trabalhistas e previdenciárias, em defesa do direito de organização, contra os crimes de lesa-pátria e em defesa de terra para quem nela vive e trabalha. Para isso, apontou a necessidade de se construir uma vigorosa GREVE GERAL DE RESISTÊNCIA NACIONAL.

Seguido pelo representante do Marreta, que relatou as lutas da categoria e principalmente os ataques da patronal e do governo contra a organização dos trabalhadores, relatando a jornada de luta que culminou em greve classista, que teve o apoio de várias categorias, que mostrou a solidariedade de classe. Afirmando que é dessa maneira que temos de construir a Greve Geral de Resistência Nacional. Após, o companheiro do Sind-UTE falou sobre a greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais, greve combativa que teve adesão de quase 100% da categoria no estado, devido a anos de perda de salário real, precarização do trabalho dos trabalhadores da educação, além da denúncia da direção oportunista e eleitoreira que manobrou a justa greve para seus fins eleitoreiros.

O representante do Comitê Sanitário de Defesa Popular de Ouro Preto, Mariana e Região fez um contundente relato da luta em defesa da água na cidade histórica que foi entregue para uma empresa sul-coreana e sua filial brasileira Saneouro, privatização que busca tarifar o serviço essencial para o povo; antes se cobrava apenas uma taxa no IPTU para a manutenção do serviço. Denunciou a perseguição ao povo de Ouro Preto, que luta contra a tarifação da água e o saqueio de nosso minério, com o apoio do oportunismo e do revisionismo, que iniciaram o processo de privatização e agora tenta cavalgar as massas populares, que tem respondido com firmeza ao chamado de resistência, colocando os funcionários da Saneouro pra correr em todos os distritos de Ouro Preto Seu relato é a expressão viva e concreta do que significa o imperialismo em nosso país: exploração, saqueio, controle total dos governos submissos para determinar as regras e normas, perseguição aos que lutam. Na sua intervenção, também denunciou os crimes premeditados e de lesa-pátria continuados pela Vale, os rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho, que assassinaram centenas de massas trabalhadoras brasileiras. Denunciou que na cidade de Ouro Preto, a Vale detém 50% das águas e a Saneouro os outros 50%. O CSDP junto as massas da região lutam duplamente contra a entrega da água da cidade, do minério e destruição do meio natural.

Moradores de Ouro Preto denunciam privatização da água e perseguição da Vale

A fala do representante do Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia de Belo Horizonte, ressaltou a importância do jornal que desde seu surgimento busca dissecar o caráter reacionário, burocrático e serviçal ao imperialismo, principalmente ianque, do velho Estado brasileiro. O companheiro fez uma análise da situação política internacional, expondo como o mundo é um mundo cindido entre dois polos: o das potências imperialistas que em pugnas e conluios disputam o botim que são o outro polo, as nações oprimidas coloniais/semicoloniais. Que a cada dia mais se agrava a crise geral do imperialismo e consequente rebelião das massas, abrindo-se uma nova época da História Universal, época de guerras e revoluções. Sobre a situação política nacional, tratou da crise de decomposição do capitalismo burocrático como parte da crise geral do imperialismo, que como solução da crise e frente as grandes rebeliões de 2013 o Alto Comando das Forças Armadas desencadeou um golpe militar contrarrevolucionário preventivo ao inevitável levantamento das massas, pontuou as três tarefas reacionárias de salvação do sistema. Apontou que neste ano, necessita-se desmascarar a farsa eleitoral e impulsionar uma vigorosa campanha de boicote.

Em seguida a representante da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo, denunciou o imperialismo e a crise de superprodução relativa de mercadorias e valores, bem como os sintomas de uma nova e mais astronômica crise, que para tentar se salvar, buscará reprimir as suas colônias e semicolônias, citando o exemplo do imperialismo russo está fazendo na Ucrânia com guerra de agressão e as manobras do imperialismo ianque e da comunidade Europeia, que buscam expandir a OTAN, que está sob sua tutela.

Houveram intervenções do Movimento Feminino Popular (MFP), apontando a necessidade de organizar as mulheres do povo para a revolução enquanto metade do contingente das classes revolucionárias, além de combater o feminismo burguês e pequeno burguês e outras influências alheias a da classe, e do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), apontando a necessidade da organização da juventude como tropa de choque da revolução, que com os maiores ataques ao ensino público da história nos dois últimos anos há que se levantar os estudantes para tomarem parte da Greve Geral de Resistência Nacional com greves de ocupação. Também interviram o Comitê de Defesa da Vila Bandeira Vermelha. Tomado pelas intervenções de operários da construção civil, de professores, estudantes, lutadores populares de Ouro Preto, Betim, Mariana, todos saudando o evento e trazendo contundentes denúncias da situação que passa o nosso povo.

Trabalhador convoca todos os presentes a rechaçarem a farsa eleitoral e persistir no caminho da luta

Por fim, destaca-se o caráter classista do evento e das organizações e massas ali presentes, se recusando a comparecer nos atos festivos e eleitoreiros da falsa esquerda oportunista e de todo tipo de pelegos e traidores do povo, que utilizam da data e do heroico exemplo operários assassinados em 1886, na cidade de Chicago – USA, para fazer palanque eleitoral. Principalmente agora, com o aceno de um possível retorno do pelego-mor Luiz Inácio a gerência do velho Estado burocrático brasileiro, mais uma vez a serviço da grande burguesia, do latifúndio, submisso ao imperialismo, principalmente ianque. Ou seja, mais uma vez o oportunismo entra em sena, para tentar desviar as massas revoltadas, prestes a explodir, agindo como bombeiro, apresenta como saída da crise, essa falsa e já desmascarada farsa eleitoral. Aos verdadeiros democratas e revolucionários, há apenas o caminho de agitar, politizar e organizar as massas, erguendo bem alto a bandeira do Classismo e da Combatividade. Preparar a Greve Geral de Resistência Nacional! O ato encerrou-se sob o cântico de “Bandeira Rubra” e as consignas: “Viva o 1º de Maio Classista e Combativo!”, “Viva o Internacionalismo Proletário!”, “Viva a Aliança operário-camponesa!” e “Greve Geral de Resistência Nacional!”

 

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