RJ: Em manifestação, agentes de saúde exigem direitos

Repercutido de A Nova Democracia

RJ: Em manifestação, agentes de saúde exigem direitos

No dia 18/08, no Rio de Janeiro, centenas de agentes de saúde com foco no combate às endemias exigiram o pagamento do novo piso salarial, aprovado em maio e até hoje não repassado aos trabalhadores pelo prefeito reacionário Eduardo Paes (PSD), e o aumento do vale-refeição. A manifestação ocorreu em frente à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, centro do Rio. Agentes de repressão da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle Multidões (Recom) fotografaram as massas em luta na falha tentativa de intimidar os trabalhadores. Uma equipe de reportagem de AND esteve presente e realizou uma cobertura da manifestação.

Os trabalhadores da saúde se reuniram na Cinelândia em torno das 15h da tarde, quando ocuparam, em centenas, a escadaria da Câmara dos Vereadores. Palavras de ordem como Prefeito, omisso, pague o nosso piso! foram entoadas. Os trabalhadores denunciaram que o dinheiro para pagar seu piso salarial já está nos cofres da prefeitura do Rio de Janeiro, mas o prefeito reacionário Eduardo Paes se recusa a pagar aos trabalhadores.

Duas viaturas da Recom e uma viatura da PM estiveram em torno da manifestação. Os agentes de repressão fotografaram os manifestantes na tentativa de intimidá-los, mas os trabalhadores não recuaram em sua justa rebelião.

Agentes de repressão buscam intimidar trabalhadores em luta. Foto: Banco de Dados A Nova Democracia

No mês de maio, o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias foi estabelecido no valor de dois salários mínimos (R$ 2.424,00). Os trabalhadores exigem que os novos salários sejam no valor estipulado e que sejam feitas as compensações salariais para os meses de maio, junho e julho.

Em relato à equipe de reportagem de AND, um trabalhador presente na manifestação denunciou que enquanto a prefeitura se recusa a pagar os trabalhadores, o repasse já foi feito aos montes para as Organizações Sociais de Saúde (OSS), entidades privadas que atuam no setor da saúde pública. De acordo com ele, o repasse feito às OSS foi destinado a pagar novas contratações que ninguém viu ocorrer, isto é, os famosos “funcionários-fantasmas” tão bem conhecidos em casos de corrupção por agentes do velho Estado e grandes empresários.

As massas denunciaram ainda o valor de fome do vale-alimentação, que atualmente está na faixa de R$ 12,00 por dia. O Rio de Janeiro é a 2° capital do Brasil com refeições mais caras. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT), o valor médio de uma alimentação na cidade custa em torno de R$ 47,09.

 

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