A demagogia do salário de fome para 2023

Confirmando o caráter antioperário do governo militar genocida de Bolsonaro, foi divulgado no fim de agosto o Orçamento da União de 2023, prevendo reajuste igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o salário mínimo, indo dos atuais R$ 1.212,00 para R$ 1.302,00. Porém, com diminuição do INPC de 7,41% para 6,4% em setembro a previsão é que o salário mínimo seja de R$ 1292,00. Vale destacar que o novo valor só é definido no dia 1º de janeiro do próximo ano; até lá, esse valor pode variar conforme varie o INPC.

Cobrir o INPC em nada resolve a situação de miséria que vive o povo brasileiro. Mesmo que o salário aumentasse 100%, ou seja, aumentasse para R$ 2.424,00, ainda assim seria um salário baixo se comparássemos com o salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que aponta que seu valor deveria ser em agosto deste ano R$ 6.298,91. Este valor é calculado baseado numa família de 4 pessoas, considerando 2 adultos e duas crianças, e leva em consideração tanto o preço da cesta-básica quanto os gastos dessa família com água, luz, internet, saúde, educação, lazer e outras necessidades.

Esse aumento irrisório do salário é parte das políticas antipovo, parte da crise aguda de decomposição do capitalismo burocrático no Brasil, que para se salvar precisa fazer o trabalhador pagar a conta e continuar garantindo os superlucros dos monopólios estrangeiros e nacionais, enquanto o povo passa fome e vive na miséria. Em contrapartida, juízes do STF propõe aumento no próprio salário de 18% e generais e militares de alta patente somam benefícios que ultrapassam 1 milhão de reais por mês.

Reafirmamos aqui a lei da história de que “onde há opressão há resistência”. Não atoa neste ano tem ocorrido inúmeras greves combativas, como a da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), professores, trabalhadores da enfermagem, construção civil em BH, metroviários, rodoviários, etc., todas lutando por melhores salários e garantia de emprego. A crescente carestia de vida é mais um material inflamável na luta das massas que incendiará o país numa vigorosa Greve Geral de Resistência Nacional! Essa é a tarefa dos lutadores classistas do povo e os verdadeiros democratas, que desde já agitam essa necessidade e lutam para realizar seus preparativos, mobilizando, politizando e organizando os trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, na luta por melhores condições de vida e de salário!

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