Abaixo a privatização do metrô de BH! Abaixo a política vende-pátria e antipovo dos governos de turno!

Apátridas subservientes aos monopólios festejam a entrega do Metro de Belo Horizonte. “A empresa Comporte Participações S/A, de São Paulo, arrematou o modal pelo valor de R$ 25.755.111. O valor representa um ágio de 33% sobre o lance mínimo, estabelecido em R$ 19.324.304,67”. Falaram de Leilão, porém o que se viu, foi “um jogo de cartas marcadas”, já que só a empresa de capital aberto Comporte Participações S/A, ofereceu um único lance. A política semicolonial e semifeudal do Brasil privilegia o capital privado principalmente se for avaliado pelo imperialismo.

A vassalagem teve início em 2018, quando a passagem do Metrô saltou de R$1,80, para R$4,50, essa foi a pavimentação para atender os requisitos dos exploradores, que veem no transporte de passageiros uma mina de dinheiro. Não à toa que essa empresa, dita vencedora de uma disputa que não houve, é de propriedade de um dos tubarões do transporte de passageiros do Brasil. A Comporte Participações S/A é uma holding brasileira que explora o transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismo, e é de Nenê Constantino, com sede em São Bernardo do Campo – SP. Essa empresa, explora o setor de transporte em 13 cidades brasileiras e possui uma frota de 7.200 ônibus e também foi o fundador da Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A.

Hoje o Grupo Comporte é formado por 11 empresas. 11 empresas anteriormente controladas em conjunto, sendo elas: Cidade Verde Transporte Rodoviária Ltda., CMP Empreendimentos Imobiliários Ltda., Empresa de Ônibus Nossa Senhora da Penha S/A, Empresa Transporte Coletivo Grande Marília Ltda., Expresso Caxiense S/A, Expresso Maringá Ltda., Tectransp Transportes e Tecnologia Ltda., Tex Transporte de Encomendas Expressas Ltda., Transporte Coletivo Cidade Canção Ltda., Transporte Coletivo Grande Bauru Ltda. e Viação Apucarana Ltda. Agora como “ganhou o leilão de concessão!” vai administrar pelo menos por 30 anos o Metrô de Belo Horizonte.

Os monopólios de imprensa anunciam pelos quatro cantos que “Metrô de Belo Horizonte é privatizado e será gerido pelo Grupo Comporte” – Folha, “Metrô de BH é concedido à iniciativa privada em leilão; empresa terá que construir nova linha e 8 estações” – G1, todos destacando que “agora o povo do Barreiro vai ter Metrô!”, “vai ter investimentos” e etc. Veja bem, é noticiado como INVESTIMENTO. Já quando é para a Educação, Saúde, Habitação e etc., o monopólio de imprensa noticia GASTO. Entregaram uma empresa que segundo eles dava prejuízo, mas vão doar R$ 2,8 bilhões do Governo Federal e mais R$ 450 milhões do Governo de Minas?

A derrama feita pela Coroa portuguesa que foi tão combatida pelos conjurados mineiros, chefiados por Felipe dos Santos e depois por Tiradentes segue ainda hoje; e os Silvérios dos Reis entregam R$3,25 bilhões aos achacadores do povo! Só para se ter uma ideia: se propagou a falsa ideia de que “o Metrô dá prejuízo…”, porém os vassalos governos federal e estadual desembolsarão mais de R$ 108 milhões por ano, e os parasitas do Grupo Comporte apenas R$ 20 milhões. Menos do que hoje é arrecadado por mês com as passagens de preço abusivo vendidas.

Resistir sem ilusões eleitoreiras!

Os metroviários travaram e seguirão travando grandes batalhas e é dever de todos os democratas e classistas tomarem posição e apoiarem essa justa luta. Os companheiros tem desafiado o velho Estado sob ameaças e perseguições desde que vazou a notícia da privatização do Metrô. A categoria atendendo ao chamado do Sindicato realizaram greves e manifestações e muitos passaram a crer que com a vitória do pelego-Mor Luiz Inácio a privatização iria ser revertida.

Apesar de ainda não ter tomado posse, Luiz Inácio acenou por uma possível reviravolta, colocando encarregado de conversar com Zema o seu vice Geraldo Alckmin, que de última hora desistiu de pedir a suspensão do processo. Será que havia alguma esperança pela intervenção de um privatista?

Ao povo pobre e os trabalhadores do campo e cidade, só resta um caminho: se organizar de forma independente para preparar uma vigorosa Greve Geral de Resistência Nacional, para frear a entrega de nossas riquezas, lutar por revogar as “reformas” trabalhista e previdenciária. As organizações classistas e revolucionárias devem ousar se vincular e dirigir no caminho revolucionário as lutas ao povo, este que dá mostras de sua disposição de combater as políticas anti-povo e vende-pátria, a exploração e opressão. Não há outro caminho, que ousemos lutar, ousemos vencer por uma nova e verdadeira democracia!

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