Denúncia: Mais um bárbaro crime contra os camponeses!

"Fumaça" e Cleide vítimas do latifúndio, sob a conivência do Velho Estado burocrático brasileiro, burguês, latifundiário a serviço do imperialismo.
É com muito pesar que a Liga Operária divulga a notícia de mais uma barbárie contra os camponeses. Dessa vez, foi contra um casal em Humaitá – AM, “Fumaça”, como era conhecido o camponês, e sua esposa Cleide. Ambos foram vítimas da criminalização do povo pobre no campo, ascendido pelos reacionários da extrema-direita bolsonarista, que juntamente com guaxebas (pistoleiros), que formam grupos paramilitares, para perseguir e matar os que lutam pela terra, principalmente, após a deixa que o genocida governo militar de Bolsonaro, os assanhou.
É dever de todos os lutadores do povo, classistas e combativos, denunciar  crimes como esse a soldo dos latifundiários, para tentar frear a luta pela terra, que segue crescendo em nosso país e deixar claro a esses reacionários, que não afogaram a Revolução Agrária, bandeira tão bem defendida pela Liga dos Camponeses Pobres – LCP e empalmada pelas massas empobrecidas do campo, que não aceitam essa política de miséria e de promessa desses governos de turno. Divulgamos a nota que foi divulgada no Jornal A Nova Democracia, que retirou as informações da nota da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental, publicada no portal Resistência Camponesa no dia 29/08.

Ataques de latifundiários de extrema-direita deixam dois camponeses mortos na Amazônia

Dois camponeses foram assassinados a sangue frio dentro de sua própria casa em um ataque realizado por pistoleiros realizado no dia 3 de agosto, na comunidade rural de Ipixuna, em Humaitá, sul do Amazonas. Nove dias depois, 12/08, um novo ataque de latifundiários de extrema-direita, policiais e pistoleiros a um acampamento camponês em Cujubim, Rondônia, terminou com 25 trabalhadores presos e motos incendiadas. As informações foram divulgadas através de uma nota da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental, publicada no portal Resistência Camponesa no dia 29/08.

Nos ataques em Rondônia, as forças policiais do velho Estado defenderam os latifundiários e atuaram covardemente contra os camponeses. Há denúncias de que pistoleiros do latifúndio foram incorporados nas operações policiais. A nota da LCP cita que a imprensa reacionária de Rondônia voltou a dar destaque a um bolsonarista acusado de atirar contra a sede de um jornal local que denunciou a movimentação nos quartéis após as eleições de 2022. Este inimigo do povo já foi denunciado em 2017 por utilizar participar de operações, treinamentos e vestir fardas da PM sem sequer ser policial.

AM: Tortura e assassinato de camponeses apoiadores da luta pela terra

Testemunhas do assassinato do casal assassinado em Humaitá (AM) relatam que ouviram sons de espancamento e gritos de dor e pedidos do socorro, evidências claras de tortura. Segundo o jornal local Portal Tucumã, Cleide da Silva foi assassinada com cinco tiros no peito, enquanto seu marido foi executado com sete tiros na região da cabeça.

“Fumaça”, como era conhecido o camponês, e sua esposa Cleide, eram alvos do latifúndio local pelo apoio que davam a uma tomada de terra em um latifúndio da região. Por conta do apoio, os latifundiários chegaram a difundir nas redes, após a chegada do casal, que “pessoas da LCP de Rondônia” haviam chegado na cidade para organizar uma tomada de terra.

RO: Latifundiários e policiais reprimem camponeses

Um outro ataque covarde contra os camponeses da Amazônia foi realizado no dia 12 de agosto, na divisa do município de Cujubim e Rio Crespo, em Rondônia. A ação foi realizada de forma conjunta pela polícia, pistoleiros e cerca de 60 latifundiários. Os primeiros a chegar foram os latifundiários e os paramilitares, que iniciaram o ataque a tiros contra o acampamento recém construído.

Durante o ataque do latifúndio, sete camponeses foram presos e as motos dos trabalhadores foram incendiadas. Ainda no curso da ação, policiais militares dos municípios vizinhos de Ariquemes, Jaru, Cujubim e Machadinho D’Oeste se juntaram à ofensiva e prenderam novos camponeses. Ao todo, 25 trabalhadores foram levados em dois ônibus a uma unidade penitenciária de Ariquemes.

A incursão foi celebrada tanto pelos latifundiários quanto pelos policiais militares. Em uma entrevista ao programa policialesco reacionário “Bronca da Pesada”, o tenente-coronel da PM Rudinei admitiu a atuação em conluio com o latifúndio e a mobilização massiva feita para reprimir os camponeses: “Mobilizamos todos os meios aqui disponíveis, né. Os policiais militares aqui da seção administrativa, policiais militares da rua, também veio de Jaru dar apoio, a guarnição ambiental lá de Machadinho… enfim, nós juntamos aí diversas viaturas policiais. Conseguimos ali, com o apoio dos moradores, deter 25 pessoas”.

Os “moradores” eram latifundiários, que também relataram em áudio o curso da ação e celebraram o covarde ataque contra os camponeses. “O povo entrou lá e arregaçou com os sem-terra lá”, declarou um latifundiário. Um outro, afirmou que “a gente conseguiu ir lá ontem, prendemos sete, queimemos tudo as motos, deixemos uma desgraceira pra eles lá. Saíram tudo preso em ônibus da polícia”.

As admissões comprovam o já denunciado por camponeses há décadas: que as polícias no campo atuam como verdadeiros guardiões e funcionários do latifúndio. A situação é extremamente recorrente, e revela o modus operandi de atuação das forças de repressão do velho Estado brasileiro na proteção da velha ordem.

Com o assassinato de “Fumaça” e Cleide, o número de camponeses mortos em Rondônia e no Amazonas em casos abertamente ligados ao latifúndio sobe, representando uma expressão direta da escalada da guerra reacionária contra os camponeses em luta pela terra. Segundo denúncia da LCP, os casos de assassinato e repressão à luta camponesa estão ligados também à atuação crescente da extrema-direita organizada entre latifundiários, pistoleiros e policiais militares.

Em contraposição aos ataques, a organização afirma ainda que “toda violência do latifúndio e velho Estado só revelam o pavor que eles têm da luta organizada e combativa do povo. Enganam-se, senhores, se pensam que o povo, especialmente os camponeses, se esqueceram de todos seus crimes hediondos e aceitarão passivamente tanta opressão. Mais cedo que tarde o campesinato se levantará em grandes ondas de tomadas de terra, trilhando o caminho da Revolução Agrária, que varrerá definitivamente com o latifúndio e seus galinhas verdes rurais.”

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